PREPARA! COM MÁRCIO COSTA


Nosso entrevistado é Márcio Rezende Costa, 40 anos, casado, natural de Campinas, Analista Financeiro. Associado de carteirinha do Clube do Botão, atleta do Bloco do ‘R’ da cidade de Itu.

O companheiro das quartas-feiras abre o jogo e conta diversas curiosidades em sua jornada na modalidade esportiva. Um dos melhores jogadores de Futebol de Mesa da cidade, com passe estimado em R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) pelo mercado da bola botonístico. Prepare-se e acompanhe:

  • Qual time você torce? Ponte Preta
  • Quando começou a jogar futebol de botão? Com uns 7 ou 8 anos, no chão da sala de casa, com um tio que me ensinou.
  • E o futebol de mesa? Quando teve contato com as regras pela primeira vez? Foi em 2004, quando conheci algumas pessoas de Campinas que queriam formar uma equipe e que foram em um programa de rádio divulgar. Era a turma do André, Agnaldo, Febo, etc.
  • O que você acha das diversas modalidades praticadas? Acho que todas são válidas, afinal cada um deve jogar o que gosta, mas seria bom se houvessem menos regras, para que o esporte fosse mais forte, mais conhecido.
  • Por que escolheu a modalidade 12 toques? Na verdade foi a regra que tive oportunidade de jogar, a primeira que conheci. E como tempo para o lazer é uma coisa cada vez mais difícil, achei melhor ficar somente com essa para poder me dedicar melhor.

  • Pratica outros esportes? Sempre gostei de jogar Fut-sal, mas já faz uns 3 anos que não tenho conseguido tempo pra jogar. Já participei também de corridas de média distância (10, 15 km), mas isso quando eu estava com uns 15 kgs a menos, rsrs… Atualmente só corro meia-hora duas vezes por semana apenas pra exercitar.
  • Os melhores botonistas que já teve o prazer de jogar? Com certeza vou deixar alguém de fora, mas cito 5 que admiro o estilo: Perrotti, Quinho, Robertinho, Cristiano, Valini.
  • Os melhores que ainda não teve a oportunidade… Até hoje não joguei contra o Jefferson do Maria Zélia que todos dizem que joga muito. Também não enfrentei o Cássio do Círculo, outro bastante conhecido.
  • Qual a maior goleada que já sofreu? E a maior praticada? No Brasileiro de 2007 em Campinas perdi de 11 x 4 para o Buiú. A maior vitória por goleada foi pela Liga do Interior em 2009 contra o Valdecir de Piracicaba: 10 x 2.
  • Vitórias e derrotas que ficaram gravadas na memória? A vitória mais empolgante foi contra o Lei do XV, pela Liga do Interior de 2009, semi-final da etapa de Campinas. Fiquei atrás do placar o jogo todo, na campainha tive a chance de virar e marquei o 5 x 4. Já a derrota, não gosto nem de lembrar… Também em 2009 que por sinal foi meu melhor ano no futebol de mesa, estava jogando o Festival Ituano e a fase final era um quadrangular. Havia ganhado do Celsinho que na época era do São Judas, empatado com o Valini e precisava vencer o Piriquito pra não depender de ninguém, pois tinha a melhor campanha. Virei vencendo por 4 x 2, cheguei a estar ganhando de 5 x 3, mas tomei a virada. Tudo começou num passe longo que saiu pela lateral, quando tinha a chance de abrir 3 gols na frente. Jogada boba. A partir daí, não preciso nem contar o que aconteceu… Não conseguia acreditar que o título havia escapado daquela forma.
  • Suas conquistas no futebol de mesa: individualmente eu ganhei alguns torneios internos no Rio Branco, no Bloco do R e também no Clube do Botão. Mas o mais importante foi a Copa Campinas 2006, torneio realizado no SESC, em que venci o Cristiano na semi-final e o Ismael na final. E por equipes, a Copa Estado, no ano passado, com o Bloco. Uma conquista perfeita, 9 jogos, 9 vitórias.
  • Na sua opinião qual o clube que possui a melhor estrutura atualmente? Na região é o Flamengo de Americana, disparado. Eles têm uma sala ótima, mesas novas e o apoio da prefeitura para participar dos torneios. Em geral, acredito que o Círculo e o Meninos têm melhores condições do que as outras equipes.
  • Como foi sua passagem por Americana como atleta? Foi muito importante pra mim, pois foi lá que comecei a disputar torneios e onde pude fazer amigos. A saída foi uma coisa natural, sem nenhuma crise.
  • Atualmente joga em Itu (Bloco ‘R’), como foi o acesso a série principal? Como está o time em 2011? O acesso foi um sonho que sabíamos desde o início que era possível e acreditamos o tempo todo. Confiança representa muita coisa e isso, no meu entender, é o principal diferencial que faz o Bloco estar à frente dos outros times do interior nos últimos anos. Esse ano o time vem enfrentando desafios maiores e com a divisão dos jogadores para montar duas equipes (aspirante e principal), o convívio entre todos diminuiu muito, principalmente para os que não são de Itu como eu, que não têm condições de estar sempre lá para treinar.
  • E a federação? Está no caminho certo? Acredito que a federação tem feito muita coisa boa, o crescimento é nítido, basta ver o número de clubes filiados. Talvez algum acerto aqui, outro ali e a coisa melhore um pouco mais. Acho que há uma coisa pra ser melhorada, a forma de disputa do campeonato paulista individual. Deveria ser nos mesmos moldes do brasileiro, em um feriado prolongado. Teria muito mais destaque e interesse do que na forma atual em que as disputas acontecem em uma sala de clube, com poucas pessoas presentes.
  • Quantos times possui atualmente? Estou com 4 times: Borussia Dortmund, Inglaterra, Uruguai e um time branco com uma faixa rubro-negra próxima ao furo da argola que ainda não decidi que time será. Talvez um Atlético de Goiás.
  • O que você mudaria na regra? Essa tá na ponta da língua: acabaria com o gol contra quando você chuta e a bola retorna no seu próprio gol. Acho nada a ver…
  • Seus objetivos no futebol de mesa: Melhorar meu jogo, esse objetivo é eterno e complicado, hehe… Outro objetivo é ajudar de alguma forma o futebol de mesa em Campinas, no Clube do Botão.
  • Fale um pouco do Clube do Botão: Acho que foi uma iniciativa que deve ser sempre exaltada, afinal, já são alguns anos de atividade ininterrupta, claro que com altos e baixos. Acho que o CDB perdeu muito tempo funcionando como se fosse uma garagem, deveria ter arriscado vôos maiores, o que começou a acontecer no ano passado com o clube sendo federado. A tendência agora é continuar subindo degraus, quem sabe no ano que vem com a formação de uma equipe para disputar o Paulista. Entendo como um processo natural de crescimento.
  • E a Liga do Interior? Uma das melhores iniciativas que aconteceu nos últimos anos. Viagens curtas, inscrições mais baratas, campeonatos disputados, etc. A liga já passou por altos e baixos e esse ano parece que voltou a ganhar força com o interesse maior dos clubes filiados. Vejo uma grande dificuldade p/ a Liga, a dificuldade para crescer, conseguir lugares maiores, clubes com mais mesas, etc. Mas acho que com criatividade isso pode ser superado.
  • Sites referentes ao esporte que você visita com freqüência: Pro-gol, Blog do Valini, Futebol de Mesa News, Clube do Botão, Federação Paulista.
  • O que fazer para atrair os jovens para a modalidade? A concorrência está cada vez maior… Ir de encontro a eles com torneios em shoppings, clubes e outros locais onde podemos encontrar pais e filhos juntos. Um puxa o outro.
  • No final de julho o Luca chega, qual a sensação? Não sei como descrever, só sei que é uma coisa muito gostosa, saber que alguém que tem um pouco de você está vindo ao mundo e é sua responsabilidade cuidar, criar, preparar para a vida.
  • Vem aí um novo blog, o que vai rolar? Ainda é um projeto, depende de tempo até para aprender a fazer, mas quando surgir, espero que seja uma coisa legal. Vamos esperar um pouco, aí eu divulgo.
  • Quais fabricantes indicaria aos leitores? Dos que já comprei, acho que o Gesini é o que atende melhor, pelo site você encomenda o time e a entrega é rápida. O Sr. Armando (Pexe) e o Lorival fazem times muito bons.
  • Dicas para os novatos: Ter prazer em jogar botão, sem se preocupar no início com os resultados. Aproveitar a posse de bola pra tentar chegar com calma nos melhores lugares para o chute a gol. Não se importar com os gols sofridos, é preferível levar goleadas fazendo gols, do que perder de 1 ou 2 a zero. Procurar observar as jogadas do adversário e aprender com isso.

Ricardo Nardy