Comecei na última semana treinamentos de futebol de mesa, antigamente conhecido como jogo de botão. Hoje esse esporte (sim, é reconhecido como tal) é altamente profissional, com federações e tudo mais. As regras são estabelecidas em estatutos, há uma série de normatizações e procedimentos.
É um jogo dificílimo, pois requer concentração, sensibilidade e, sobretudo, paixão. Parece algo tão simples, mas não é. Parece infantil, mas em hipótese alguma seria gerenciado, nas normas oficiais, por uma criança.
Quem está nesse esporte é por que o ama. Quem pratica ou gere é por que dá valor às pequenas coisas. Essas pessoas, abnegadas, sabem que se trata de um passatempo maravilhoso, um exercício de relaxamento e de fortalecimento do raciocínio.
Meu time, um acrílico todo branco com o escudo do Rio Branco Esporte Clube, ainda leva um tigre preto. Já o goleiro é azul e brilha no seu centro a marca do Tigre da Paulista. Foi um presente que ganhei há algum tempo de um amigo, mas não via tanta serventia. Essa época, eu não dava tanto valor às pequenas coisas como hoje.
Minhas primeiras “paletadas” foram hilárias. Dei toques extras, cometi muitas faltas, mandei a bola pra fora da mesa algumas vezes e meus botões sofreram muito. Mas não me importo, afinal estou aprendendo. Eis mais duas lições que o Futmesa ensina: perseverança e humildade.
Reflexão
Depois que sai do treino no Flamengo Futebol Clube, onde fica a sede do Futmesa de Americana, parei para refletir. “Se todos os comandantes do futebol verdadeiro seguissem os passos daqueles que se esforçam para manter viva a brincadeira do antigo jogo de botão, a realidade desse querido esporte seria outra”, pensei…
…Porém, não são os resultados que demonstram a capacidade ou o brilho de alguém, mas sim sua maneira de realizar as coisas e, especialmente, a satisfação por fazê-las, sem ter nenhum retorno financeiro em troca.