SAMURAIS DO INTERIOR


No último ano do Rio Branco E.C, em 2009, em um ano em que tudo deu errado e não foi por acaso que foi o último, lembro que logo na primeira partida do campeonato paulista, ainda na 1a divisão, o Rio Branco foi massacrado pelo Meninos e depois pelo Maria Zelia. O Nardy, em um de seus artigos publicados no site do CDB, procurando analisar a desigualdade técnica entre as equipes do interior e as equipes tradicionais da grande São Paulo, comparou-nos a uma equipe de samurais, ou seja, de guerreiros que não desistem, vão à luta, mesmo sabendo que vão perder.

Lembro que a analogia do Nardy não foi muito bem entendida por muitos da nossa equipe, que não aceitaram a comparação. A análise, naquele momento de fragilidade do Rio Branco, possivelmente estivesse contaminada pelos enormes problemas internos que o RB vivia naquela época derradeira e talvez não espelhasse a real diferença entre as equipes interioranas e da capital, embora certamente ela exista. No entanto, o que mais me intrigou naquele finado ano de 1999 foi o fato de os considerados melhor jogadores tecnicamente da equipe não terem aceitado a comparação. Comparação que para mim era muito mais um elogio à nossa perseverança, persistência, insistência em nos mantermos em atividade mesmo perante tantas dificuldades dentro e fora das mesas. Porém, para muitos daquela equipe a comparação soava mais no sentido de que tínhamos uma equipe fadada a perder sempre. Continue lendo…

Gilberto Hackmman