Para muitos, o futebol de botão não passa de uma brincadeira. Não para a família Romano. Domênico, ou simplesmente “Seu Mimo”, como é conhecido, inaugurou o bazar localizado na rua Fernando Machado, no centro de Porto Alegre em 1980. No início tratava-se de uma loja que vendia ítens variados. Como gostava muito de futebol de mesa, o empresário começou a disponibilizar ítens do esporte no bazar. E, para sua surpresa, os botões se tornaram o “carro-chefe” da loja.
Domênico Marrone Romano, filho do Seu Mimo, segue os passos do pai, e junto com o irmão, Alberto Romano, ajuda no negócio. Aos 31 anos, ele revela que começou desde cedo a se interessar pelo jogo, e por consequência, pelo negocio. Domênico Marrone define os profissionais da área como empresários do ramo esportivo, que souberam aproveitar um nicho de mercado bastante específico. Ele compara a loja com outras de público específico, como as que trabalham com artigos de tênis, golfe, etc. O empresário desconhece outras lojas semelhantes na capital gaúcha, mas lembra de concorrentes em outros estados.
No piso superior, os botonistas alugam mesas para jogar
Para os Romano, a atividade alia trabalho e lazer, embora revele que a demanda, muitas vezes, impede de praticar o hobbie: “eu gosto bastante, e vejo o pessoal jogando, mas não jogo porque não tenho tempo. No bazar, existe um piso superior onde ha três mesas para aluguel. As mesas são alugadas diariamente, sobretudo, por jogadores filiados a Federação Gaúcha de botonistas – como são chamados os praticantes. Hoje a federação conta com mais de 200 filiados, o que dá aos empresários a confiança de que o negocio tem futuro: “não há como prever, mas estamos tocando o negócio dele, e está indo bem, tem bastante procura, os ítens saem bastante”, revela o filho do Seu Mimo.