Futebol de mesa sobrevive, mas disputa adeptos com videogame. Numa época em que os jovens preferem vestir a camisa de seus craques nos jogos de videogame, uma legião de torcedores continua fiel a uma antiga paixão nacional: o futebol de mesa.
Segundo José Jorge Farah Neto, 53, presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa, a disputa contra o hiper-realismo dos jogos digitais está cada vez mais difícil para os entusiastas do botão. Ou melhor, para os entusiastas do futebol de mesa, como eles mesmos definem: “Futebol de botão é brinquedinho”, diz Farah.
Sua organização contabiliza quase 3.000 afiliados, incluindo clubes como Palmeiras e Corinthians, que mantêm as próprias ligas amadoras para disputar a modalidade de mesa.
Mas os mais aficionados, Farah afirma, são cerca de 400 jogadores ativos que treinam toda semana e se reúnem para competir entre si.
Ele cita casos extremos como o de um jogador que, ao ser assaltado, pediu para que não lhe tomassem a palheta com que jogava, e de outro que, cansado de perder, colocou todo o time na geladeira _literalmente.
“O futebol de botão é um dos poucos jogos em que você pode jogar em igualdade de condições com o seu pai, com o seu avô ou com um cadeirante”, defende.