100 ANOS DE RIVALIDADE ENTRE GUARANI E PONTE É DESTAQUE NA FIFA


Novos dias de glória do ‘Dérbi Campineiro’

O clássico do último dia 24 de março no Moisés Lucarelli marcou o centenário do “Dérbi Campineiro”, mas é agora, em abril, que esta grande rivalidade do interior de São Paulo terá de fato seu capítulo mais importante do ano – e um dos maiores de sua história. Repetindo o que havia acontecido somente em duas ocasiões, em 1979 e 1981, Ponte Preta e Guarani se enfrentam neste domingo com uma valiosa recompensa em jogo: uma vaga na final do Campeonato Paulista.

Ao eliminarem Palmeiras e Corinthians nas quartas de final, ambas as equipes não apenas protagonizaram surpresas contra gigantes da capital, mas voltaram a colocar este duelo no centro das atenções do país, resgatando, de quebra, o orgulho de duas torcidas apaixonadas e que vivem quase unicamente pelo prazer de superar o rival nas poucas ocasiões que seus caminhos têm se cruzado recentemente.

Todos estes ingredientes devem realçar a força do “Dérbi Campineiro” como o maior clássico do interior do Brasil. Afinal, ele reúne dois clubes com mais de cem anos de história, que superaram os limites regionais com campanhas de porte nas décadas de 1970 e 1980 e ainda foram responsáveis pela formação de inúmeros craques.

Origens e curiosidades

A data ficou bem gravada na memória: 24 de março de 1912. Mas o que nem mesmo os historiadores conseguem definir é o resultado do primeiro jogo entre Guarani e Ponte Preta. Para o alviverde, houve empate. Para os adversários, a vitória teria sido alvinegra. A indefinição não chega a ser surpresa. O que ninguém poderia imaginar, no entanto, é que esta polêmica cresceria tanto e se arrastaria por um século, chegando, hoje, ao seu 188º capítulo de maneira tão equilibrada: 65 vitórias para o Bugre, 60 para a Macaca e 62 empates.

O curioso é que o dérbi só foi mesmo ganhar em importância nos anos 1940. Antes, Ponte Preta – segundo time mais antigo do Brasil ainda em atividade, com data de registro de 11 de agosto de 1900 – e Guarani – criado 11 anos mais tarde e, cujo nome, foi uma homenagem à mais famosa ópera do maestro Carlos Gomes –, participaram de diversas competições regionais até se tornarem profissionais em 1947 e iniciarem sua trajetória no Campeonato Paulista.

Logo após o primeiro duelo, outros dois ficaram igualmente marcados por polêmicas: o de agosto de 1914, que terminou com ameaças dos jogadores ponte-pretanos ao juiz, e o de maio de 1916, pelo Campeonato Campineiro, que registrou a primeira batalha campal entre jogadores e torcedores. Na ocasião, indignados com um pênalti marcado a favor do Guarani, torcedores da Ponte invadiram o gramado do Hipódromo provocando enorme confusão.

Com a entrada no Campeonato Paulista e a disputa contra os grandes da capital, os dois times de Campinas resolveram investir e, assim como quase tudo que envolveria a rivalidade, construíram seus estádios em cinco anos e a menos de um quilômetro de distância entre eles. Outra curiosidade é que, em setembro de 1948, o Moisés Lucarelli foi inaugurado com vitória do Guarani por 1 a 0. Já em junho de 1953, a Ponte Preta venceu por 3 a 0 na primeira partida do Brinco de Ouro da Princesa…

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