À frente da Federação Paulista de Futebol de Mesa e da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, é natural que o jornalista José Jorge Farah Neto, 52, tenha os botões como objetos de sua coleção, embora desde pequeno sempre tenha gostado de juntar artigos relacionados ao futebol. A coleção de jogos de futebol de botão teve início em 1964, quando ganhou as equipes do Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Ao contrário de hoje em dia, antes, ele diz que jogar botão era uma brincadeira de criança.
Tamanha paixão pelos botões levou o jornalista, torcedor do Guarani Futebol Clube, de Campinas (SP), a se dedicar à pesquisa, que resultou em cinco livros. Atualmente, ele colabora com diversos sites e apresenta um programa na Internet. A coleção é formada por aproximadamente 2.500 times, inclusive, de outros países – mais de 600 são de times nacionais de todas as divisões.
Farah revela que, ao contrário do que muitos imaginam, futebol de botão é tudo igual. Na sua coleção mesmo há jogos de todos os tipos e materiais. “Eu conheço pessoas que colecionam somente botões estrela, bola gol ou botão de acrílico. É difícil alguém que colecione todos os modelos, como eu”, emenda. Ele diz também que a prática é considerada uma modalidade esportiva, com três regras reconhecidas pelo Conselho Nacional de Desportos, atual Ministério dos Esportes, e que o futebol de mesa é um esporte para todos. A exemplo de todo colecionador, o jornalista é superorganizado. Ele mantém seus botões em gavetas, alguns deles com mais de 50 anos. Como pai que não despreza nenhum filho, ele comenta que gosta de todos.