Meu Time de Botão – 100ª Entrevista – Nardy


Hoje completam-se 100 entrevistas, é um número incrível, que só foi possível, porque essas 100 pessoas iluminadas me deram um tempo da sua vida… Craques de Botão! Nosso entrevistado de hoje é o meu amigo, Ricardo Nardy, Webmaster, Bugrino, apaixonado por Futebol de Mesa, fundador e atual coordenador do Clube do Botão de Campinas, editor dos sites Clube do Botão, Liga do Interior, e correspondente do Futebol de Mesa News.


meu time de botão – que time você torce? e como começou essa paixão?

Ricardo

… Meu time do coração é o Guarani Futebol Clube, time da minha cidade natal, Campinas.  …às 12 horas já estava prontinho na bilheteria do estádio, adorava ficar aguardando a abertura dos portões, batalhão da polícia chegar, estar entre os primeiros a entrar no estádio, o movimento das torcidas, bandeiras, rojões, ‘radinho’ ligado, as preliminares emocionantes, mais até que o jogo principal, não poderia esquecer, pipoca e sorvete para completar, assim começou a paixão.

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meu time de botão – quem foi ou é o maior jogador que você viu jogar?

Ricardo

Zico foi sem sombra de dúvidas o meu craque, a camisa dez dos meus times de botão, apesar de ter visto outros craques jogarem, com todo respeito aos demais. Atualmente muitos fenômenos são fabricados pela mídia, mas sem comparações, muito interesse político e financeiro estão em torno destes fenomenais craques, que de fenômeno não tem nada, devemos levar em consideração que o futebol mudou, agora é força, é rapidez, deixou de ser arte, verdadeiros gladiadores em campo, pouco se joga com a cabeça, pouquíssimos com habilidade, hoje o que conta é a força bruta… Apesar de Zico ter sido o meu craque existe uma pessoa que não poderia deixar de mencionar, seu nome é Zenon, esse é meu ídolo. Em minhas seleções de futebol de botão escalava a dupla ‘Zico e Zenon’ sem pensar duas vezes, e de tanto escalar o Zenon o mesmo foi chamado para vestir à camisa canarinho…

meu time de botão – e uma derrota impossível de esquecer?

Ricardo

As derrotas assim como as vitórias são impossíveis de esquecer: Guarani e São Paulo, quando Careca, fruto da casa, jogando pelo São Paulo, fez o gol que nenhum ‘bugrino’ queria ver, final do Campeonato Brasileiro de 1986, é tida como a mais emocionante final de Brasileiro de todos os tempos, aquele gol no finalzinho do jogo além de levar a final para os pênaltis, ainda levou Careca à artilharia do campeonato…

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meu time de botão – vamos falar agora um pouco sobre futebol de mesa

Ricardo

Apesar de ter praticado diversos esportes na infância e na adolescência o que eu não consigo deixar de gostar e praticar é o futebol de mesa, sempre tive muita atração, uma atração muito forte, muitos dizem que quem joga ‘botão’ é um jogador de futebol frustrado, eu discordo, comecei com cinco anos e não foi por frustração foi por paixão mesmo. A magia de escalar seu time, colecionar figurinhas, escudos, economizar moedas para comprar um time na banca de jornal e nas lojas esportivas, organizar campeonatos e mais campeonatos nas mais variadas regras, com os mais variados fabricantes da época, décadas de 70 e 80, colecionar a revista Placar só para obter os escudos, foi fantástico!…

meu time de botão – como começou essa paixão pelos botões?

Ricardo

Minha paixão começou quando ganhei meu primeiro time de um tio, quando completei 5 anos, um Corinthians. Daí surgiu minha ligeira queda pelo Timão, mas é apenas uma quedinha, a paixão mesmo foi o Guarani. Atualmente meu relacionamento com o Guarani anda um pouco distante…

meu time de botão – gostaria que você contasse um pouco sobre os sites

Ricardo

…é difícil agradar a todos, sempre haverá alguém descontente, mesmo em um sistema democrático. Isso me faz lembrar Statler e Waldorf, eram personagens muppets da série The Muppet Show, os dois senhores eram sarcásticos, ficavam em seus camarotes particulares e a diversão era criticar e tirar ‘sarro’ de todo o espetáculo, falavam mal de tudo e de todos mas não faltavam em nenhum show, tinham problema de audição e de vez em quando dormiam sem mais nem menos. Mas a vida é assim, poucos arregaçam as mangas enquanto muitos ficam no camarote se divertindo, mas os colaboradores existem, são bravos guerreiros e são bem vindos. É fácil distinguir os colaboradores dos colegas Muppets que são críticos por excelência, que suas críticas sejam construtivas e não destrutivas. Nesse esporte não cabe individualismo, negativismo e nem egocentrismo, pensar no bem estar de todos e do todo, ser positivista é essencial, o objetivo é um só, crescer, o esporte crescer, fazer acontecer…

meu time de botão – num mundo tão eletrônico, com videogames e celulares, é difícil o futebol de mesa sobreviver?

Ricardo

É impossível não fazermos uma referência a esta situação, os games e a internet estão afastando as crianças não só do futebol de mesa, mas também de outros esportes, é um tsunami tecnológico. Não estou generalizando, pois ainda muitos jovens se aproximam da modalidade, participam ativamente em seus clubes, são federados e disputam campeonatos oficiais organizados pelas federações… O que fazer para o esporte, apesar de seu crescimento e organização, não entrar em extinção? Será que as regras estão atrativas? Talvez o adulto, criança no passado, tenha inventado tanta regra… E criança adora regras, não adora?

meu time de botão – e aqui no nosso interior, sou de Limeira, como anda o futebol de mesa?

Ricardo

…existe também um certo comodismo, falta um pouco de vontade e união, pois querer é poder, para o bem da verdade falta um pouco de clubismo, ou seja, dedicação e solidariedade ao clube que se pertence, e a nossa cidade também, mas como sou positivista, tenho certeza que um dia chegaremos lá…

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